Por muitos anos, e com razão, uma angústia tomou conta da categoria petroleira. “Precisamos falar pra além dos muros da Petrobrás”. “Precisamos falar sobre a importância da Petrobrás com nossos amigos, vizinhos, familiares”. “Estamos falando pra nós mesmos, é preciso atingir a sociedade, pautar a grande imprensa”. “Por que não fazer anúncios?”.

A partir desse diagnóstico, foram muitas as tentativas que, por um ou outro motivo, fracassaram. Mas essa realidade, há cerca de três anos, tem mudado positivamente.

Desde que a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) criou o Observatório Social da Petrobrás conseguimos, enfim, furar a bolha. Conseguimos pautar a grande imprensa (sem pagar um centavo por isso) e ocupar, nas redes sociais, um papel importante na disputa de ideias. Sempre aliando a produção de dados e informações relevantes com uma comunicação criativa, conquistamos muitas vitórias.

A censura que a direção da Petrobrás tentou nos impor ilustra a nossa relevância. Preocupada com nosso trabalho, cada vez maior e mais presente na imprensa, nos forçaram a mudar de nome e hoje somos o Observatório Social do Petróleo. E não nos esqueçamos: lá atrás, ninguém sabia o que era PPI. Hoje, uma parcela ampla da população sabe. Tivemos um papel importante não só na popularização do que representa essa política nociva como também no anúncio de sua queda, no atual governo.

Diante da derrota de Bolsonaro nas ruas, poderíamos nos perguntar: o Observatório segue necessário? Afinal, Lula suspendeu qualquer possibilidade de privatizar a Petrobrás, prometeu abrasileirar os preços e também há várias outras medidas no horizonte. Respondemos com muita convicção: nosso papel segue necessário e relevante.

Além de nos mantermos com autonomia, exigindo que as promessas feitas sejam efetivamente aplicadas, finalmente podemos também apontar para o futuro e defender as medidas que julgamos essenciais para construirmos uma Petrobrás para os brasileiros. De um lado, nossa tarefa é pressionar a nova gestão para que retome os ativos vendidos, garanta de fato o abrasileiramento dos preços e invista na transição energética. De outro, também não podemos descansar em nossa tarefa de denúncia ao assédio do mercado financeiro e da grande imprensa justamente contra as medidas que apontam para o fortalecimento do caráter público e estatal da companhia. Há uma disputa estratégica sendo travada, o bolsonarismo não morreu e as garras do neoliberalismo seguem direcionadas contra nossa empresa.

Nesse sentido, o Observatório Social do Petróleo permanece sendo uma ferramenta estratégica para a defesa da Petrobrás. Mas precisamos de você!

Nesses três anos de existência, com a privatização da estatal batendo em nossa porta, a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) não mediu esforços e recursos para realizar essa campanha. Mas, neste momento, nossa federação não conseguirá sozinha assegurar o investimento necessário para garantir a manutenção e ampliação deste trabalho.

Para continuar produzindo novos estudos e análises em defesa da Petrobrás, e para criar novos projetos e estratégias de comunicação, precisamos de sua ajuda. Por isso, lançamos essa campanha de financiamento recorrente, pedindo aos nossos apoiadores uma contribuição mensal. E não temos dúvida: é a categoria petroleira, que sempre soube a importância da Petrobrás para o Brasil e os brasileiros, que pode ser a linha de frente dessa campanha, dando sua contribuição a este projeto.

O valor arrecadado será destinado a tarefas que atualmente não temos recursos para realizar, tais como calendário de lives com convidados e anúncios nas mídias sociais, como Google Ads, Instagram e Facebook Ads. Ao contribuir, além de garantir a continuidade e ampliação do nosso trabalho, você também poderá ajudar com sugestões e ideias em nosso grupo privado, dedicado exclusivamente à categoria petroleira, ambiente que queremos transformar num grande fórum de debates e propostas para a produção editorial de nossa campanha.