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Rio de Janeiro | Projeção em prédio evidencia greve da PBio e denuncia privatização da Petrobrás

Informações e imagens críticas à privatização da Petrobrás tornaram-se parte da paisagem do bairro Humaitá, na Zona Sul do Rio de Janeiro, na noite desta quinta-feira (20/05). O Observatório Social do Petróleo (OSP) realizou a projeção de vídeo em um prédio residencial para dar visibilidade à greve dos trabalhadores da Petrobras Biocombustível (PBio), que começou ontem, e denunciar o desmonte da maior empresa brasileira. Uma nova ação será promovida nesta segunda-feira (24), em parceria com a categoria petroleira.
Durante três horas, o OSP projetou diversas artes, fotos e mensagens contra a privatização da Petrobrás, promovida pelo governo federal e cujos ativos estão sendo vendidos a preço de banana, em defesa de uma política de preço justo dos combustíveis e em apoio à mobilização dos petroleiros. Também foram exibidos vídeos, explicando os motivos da greve.
Os empregados da PBio, que é uma subsidiária da Petrobrás, paralisaram as atividades na manhã desta quinta-feira, por tempo indeterminado, contra a decisão da gestão da companhia de vender a empresa de biocombustíveis de “porteira fechada”. O pacote ofertado inclui a sede, no Rio de Janeiro, as usinas de Candeias, na Bahia, de Montes Claros, em Minas Gerais, e de Quixadá, no Ceará, além de um efetivo com 144 trabalhadores concursados. A categoria se posiciona contra a privatização da empresa e reivindica a manutenção dos seus empregos após a venda, que está em processo de conclusão.
A vídeo projeção realizada pelo OSP ganhou repercussão nas redes sociais.

Empresa lucrativa
A PBio é uma das principais empresas de produção de biodiesel do país e estratégica para a transição energética brasileira. A empresa foi criada em 2008, como o braço verde da Petrobrás, e tem garantido lucros para a companhia desde 2017.
Segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Estudos Políticos e Sociais (Ibeps), nos últimos quatro anos, o lucro da PBio foi de quase R$ 740 milhões. “A Petrobras Biocombustível é uma empresa, hoje, lucrativa. Desde 2017 tem lucros líquidos anuais positivos”, afirma Eric Gil Dantas, economista do Ibeps.
O Brasil é o 4º maior produtor de biodiesel no mundo. Hoje, de acordo com o estudo, 71% da matriz energética dessa produção nacional é proveniente da soja, o que incentiva a monocultura desse produto, apontada como uma das grandes causas do desmatamento no país.
Na PBio, diferente das outras empresas do ramo, a participação da soja como matéria-prima para a produção do biodiesel é de apenas 26%, reduzindo os impactos ao meio-ambiente. Além disso, a Petrobras Biocombustível tem um importante trabalho em conjunto com a agricultora familiar, o que potencializa a renda para o povo brasileiro.

Alessandra Martins
Assessora de Imprensa/Observatório Social do Petróleo
(11) 97531-0753

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